Poupança estatal, dívida externa e crise financeira do setor público
Rogério L. Furquim Werneck
Resumo
Neste artigo procura-se demonstrar que foi sobre o setor público que recaiu o ônus do ajuste interno por que teve que passar a economia brasileira nos últimos anos, em conseqüência da crise de balanço de pagamentos. Evidencia-se também que a crise financeira estabelecida no âmbito do setor público decorreu simplesmente do fato de que os novos encargos envolvidos na socialização do ônus do ajuste interno tiveram que ser precariamente acomodados, às custas, da desarticulação de funções tradicionais que o Estado tem desempenhado na economia brasileira. Em particular, desarticulou-se o papel do Estado como gerador de recursos para o financiamento da acumulação de capital da economia, desaparecendo unia fonte de poupança que em meados da década de 70 respondeu por mais de um terço da poupança interna.
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