Este artigo analisa as tendências de evolução de longo prazo do sistema elétrico brasileiro, com o auxilio de um modela de planejamento (PSE) que permite calcular a estratégia de mínimo custo para a expansão de oferta requerida para um cenário de demanda de energia fornecido exogenamente. O modelo é regionalizado, dinâmico, e leva em conta explicitamente o caráter estocástico da geração hidrelétrica. A técnica de solução empregada é a programação não-linear, que permite representar convenientemente a exaustão progressiva dos aproveitamentos mais favoráveis nos várias bacias. As interligações inter-regionais, através de linhas de transmissão de grande capacidade, são também consideradas. A descrição das resultados do cenário básico e a análise de sensibilidade ilustram como e quando se faria o recurso ao potencial hidrelétrico da região Norte, esclarecem o papel da dentição nuclear e a carvão na oferta de energia nas próximas décadas e situam a questão da transmissão maciça de energia a longa distancia no rol das opções tecnológicas do setor.