O objetivo principal deste artigo é investigar os setores exportadores brasileiros que poderiam efetivamente ser considerados fontes viáveis de divisas. O método utilizado é o do custo de recursos domésticos (CRD), cuja estimativa tem como pano de fundo a mensuração dos custos dentro da ótica social e, quando comparada a estudos precedentes e similares, apresenta as seguintes desigualdades: emprega uma metodologia diferente em alguns pontos; utiliza uma base mais atualizada de dados, referindo-se a valores de 1980 aplicados pela primeira vez à versão definitiva da matriz de relações intersetoriais do IBGE referente a 1975; e aplica-se a uma desagregação setorial mais ampla. A comparação entre o CRD, a nível setorial, e a taxa social de câmbio prevalecente em 1980 permitiu a identificação de alguns setores para os quais a obtenção de US$ 1 adicionável através de exportações implicaria custos sociais inferiores ou iguais. Dentre os setores examinados, destacaram-se, como fontes viáveis de exportações, aqueles pertencentes aos grupos agropecuário, extração de minerais não-metálicos, alimentos e, finalmente, têxtil.