Pesquisa e Planejamento Econômico, volume 36 | número 1 | abril 2006

Evolução e determinantes da rotatividade da mão-de-obra nas firmas da indústria paulista na década de 1990

Veronica I. F. Orellano, Elaine T. Pazello, Elaine T. Pazello

Resumo


Este artigo analisa a evolução e os determinantes do movimento simultâneo de entrada e saída de empregados nas empresas, aqui tratado como churning, o termo adotado na língua inglesa. Restringiuse a atenção ao setor formal da indústria, na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), entre 1991 e 1998, situações contempladas pela base de dados utilizada. É mostrado que o churning foi responsável por mais da metade da rotatividade da mão-de-obra, que inclui também o movimento de contratação e demissão de empregados sem que ocorra, necessariamente, a substituição. Mostra-se também que o churning não altera significativamente o perfil de qualificação dos empregados das firmas. Finalmente, é estimado um modelo econométrico, utilizando técnicas para tratamento de dados em painel, a partir de dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) desagregados por firmas. Conclui-se que o aumento da taxa de desemprego, em nível agregado, reduz o churning. Além disso, o aumento do nível de emprego no nível setorial aumenta o churning.

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