O presente artigo estuda as precondições econômicas para a transição a uma economia com trabalho assalariado. Dois resultados se destacam no decorrer do estudo: em primeiro lugar o fato de que para a existência e permanência de trabalho assalariado é fundamental que o acesso aos meios de produção seja vedado a parte substancial da população, e, em segundo, que a estrutura econômica, apesar de batizar os limites de evolução das relações sociais, sendo portanto uma condição necessária em sua determinação, não é por si só suficiente para determinar o tipo de organização social que prevalecerá em uma economia.
Finalmente, são feitas algumas sugestões sobre o uso deste modelo para analisar alguns processos históricos específicos da economia brasileira.