Pesquisa e Planejamento Econômico, volume 10 | número 2 | agosto 1980

Características do crescimento econômico mexicano: teste empírico de algumas hipóteses "estruturalistas"

Nora C. Lustig

Resumo


Utilizando o México como caso-teste, este artigo analisa uma série de hipóteses sobre o processo de substituição de importações apresentadas pela escola estruturalista. Especificamente, examina: restrições à expansão da produção provocadas pela saturação da demanda de bens modernos, coeficientes maiores de importação e de capital/produto, adoção de tecnologias intensivas em capital e controle multinacional da produção dos bens modernos. Os resultados empíricos mostram que para alguns bens modernos (como automóveis) não existe saturação da demanda, embora para outros (como utensílios domésticos) haja saturação nas camadas de alta renda, sendo que uma redistribuição da renda - e não maior concentração - expandiria o mercado; o setor moderno, em geral, não requer mais capital, embora os coeficientes de importação sejam mais elevados e os de mão-de-obra mais baixos, ao mesmo tempo em que é mais intensa a participação das empresas multinacionais.

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