Discute-se neste trabalho a política de imigração em massa de europeus, na transição do trabalho escravo para a trabalho livre no café, levantando-se a hipótese de que essa política tenha cumprido o papel de um "mecanismo de oferta ilimitada de mão-de-obra" para a expansão cafeeira. Voltando-se já agora para a transição na economia açucareira nordestina, procura-se mostrar de que modo a concentração da propriedade da terra naquela região condicionou a formação do "sistema de morador", que substituiu o escravismo. Analisa-se também, no sistema de colonato e no sistema do morador, a interligação da produção de subsistência da força de trabalho com a oferta da mão-de-obra e nível de salário na atividade comercial-exportadora.