Pesquisa e Planejamento Econômico, volume 33 | número 1 | abril 2003

Modelo macroeconômico com setor externo: endogeneização do prêmio de risco e do câmbio

Marcelo Kfoury Muinhos, Sergio Afonso Lago Alves, Gil Riella

Resumo


Este trabalho apresenta um modelo macroeconômico de pequena escala para a economia brasileira acrescido do bloco externo. Encontram-se evidências de que um processo de passeio aleatório ( random walk) não é a melhor hipótese para explicar o comportamento da taxa de câmbio no Brasil, sendo este melhor capturado por um modelo derivado da hipótese de não-arbitragem da condição de paridade descoberta de juros — Uncovered Interest Rate Parity (UIP). Este modelo é então estimado, em termos mensais, com observações ocorridas a partir da mudança do regime cambial em janeiro de 1999. Como prêmio de risco soberano, utilizou-se o spread do C-Bond estimado como função de indicadores fiscais, de variáveis externas e de choques externos e domésticos. O novo modelo macroeconômico, incluindo as equações estimadas para o câmbio, o risco, a balança comercial e outras equações de variáveis estratégicas do setor externo, é submetido a três choques: no prêmio de risco, na taxa nominal de juros e nos preços administrados.

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