Pesquisa e Planejamento Econômico, volume 35 | número 1 | abril 2005

Avaliando três especificações para o fator de desconto estocástico através da fronteira de volatilidade de Hansen e Jagannathan: um estudo

Eurilton Araújo

Resumo


Este trabalho estuda três modelos de apreçamento de ativos baseados em consumo. A plausibilidade do fator de desconto estocástico gerado por cada um desses modelos é avaliada através da fronteira de volatilidade proposta por Hansen e Jagannathan (1991). Os modelos estudados envolvem um agente representativo, o qual decide seu perfil de consumo ao longo do tempo, bem como a alocação de sua riqueza entre um ativo arriscado e outro sem risco. Desse modo, o fator de desconto estocástico dos modelos está associado à taxa marginal de substituição intertemporal, advinda da especificação da função utilidade para o referido agente. Neste trabalho, avaliamos três especificações, já clássicas na literatura, para a função utilidade: a função com coeficiente de aversão relativa ao risco constante; a Formação de Hábito; e a especificação proposta por Epstein e Zin (1991). Os testes baseados na fronteira não conseguem discriminar qual desses fatores de desconto descreve melhor os dados e corroboram as evidências já existentes, as quais apontam para a inexistência de um Equity Premium Puzzle no Brasil.

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