Pesquisa e Planejamento Econômico, volume 13 | número 3 | dezembro 1983

Inovação tecnológica e ciclos de Kondratiev

Nathan Rosenberg, Claudio R. Frischtak

Resumo


O trabalho reexamina a tese schumpeteriana de que inovações tecnológicas estariam na base dos ciclos de Kondratiev, pondo em dúvida a validade histórica desta explicação. Nem Schumpeter nem seus seguidores conseguiram demonstrar que: a) o processo inovador teria precedência causal em relação à decisão de investimento; b) a adoção de novas tecnologias e a exclusão de outras seriam feitas em consonância com a duração das fases do ciclo de Kondratiev; c) os padrões de difusão tecnológica e ligação intersetorial levariam a variações nas taxas de crescimento agregado, de modo a prover os ciclos longos de suficiente amplitude; e d) tais movimentos seriam de natureza recorrente, seja devido ao caráter cíclico da introdução de grupos de inovações, seja pela existência de um mecanismo endógeno ao sistema econômico, que recriaria as condições de ocorrência do ciclo de Kondratiev.

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