Pesquisa e Planejamento Econômico, volume 26 | número 1 | abril 1996

Uma análise da qualidade da ocupação nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo em 1990

Edward Amadeo, Valéria Pero, Joana Meyer

Resumo


Este artigo analisa as diferenças na composição do emprego e da renda entre as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo em 1990 em busca de evidências sobre as diferenças na qualidade do emprego entre ambas. As principais conclusões da análise realizada são que o diferencial de qualidade do emprego entre as duas regiões - medido pelo diferencial de renda média - deve-se muito menos à qualidade dos trabalhadores (educação e experiência) e muito mais à qualidade dos postos de trabalho. Tanto a estrutura setorial do emprego - como a elevada incidência de emprego nos setores tradicionais do terciário - quanto a estrutura ocupacional do emprego - vista pela elevada incidência de trabalhadores sem carteira e por conta própria - estão na raiz do diferencial de renda entre Rio de Janeiro e São Paulo. Além disso, observa-se maior disparidade de renda no Rio de Janeiro, onde os trabalhadores mais jovens e menos instruídos recebem relativamente menos.

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