Pesquisa e Planejamento Econômico, volume 21 | número 2 | agosto 1991

Infância e adolescência no Brasil: as conseqüências da pobreza diferenciadas por gênero, faixa etária e região de residência

Ricardo Paes de Barros, Rosane Silva Pinto de Mendonça

Resumo


Este trabalho investiga algumas das conseqüências da pobreza sobre o bem-estar de crianças e adolescentes entre sete e 17 anos e alguns dos mecanismos de transmissão intergeracional da pobreza Especificamente, com base em informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), de 1987, descrevemos como a freqüência d escola e a entrada de menores (conjunto de crianças e adolescentes entre sete e 17anos) no mercado de trabalho se relacionam como nível de rendada unidade doméstica a que pertencem. A análise é conduzida por gênero e idade de acordo com a região de residência. Conclui-se que a taxa de participação de menores no mercado de trabalho e a taxa de não-frequência à escola são: a) crescentes com a idade; b) maiores entre os homens do que entre as mulheres; c) maiores em São Paulo e Porto Alegre do que em Fortaleza; e d) decrescentes com os recursos econômicos da unidade doméstica em que vivem.

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