Este artigo identifica as regiões centrais de emprego na região metropolitana (RM) de São Paulo e aponta evolução temporal dessas regiões, bem como caracteriza essas áreas em função da escolaridade, do gênero e da complexidade das atividades econômicas ali localizadas. Todas as empresas do setor privado da base da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) foram geocodificadas e distribuídas em células de 1,2 e 4 km², o que permitiu conhecer a distribuição geográfica de emprego em 2002, 2008 e 2014. Aplicou-se metodologia de identificação objetiva de subcentralidades, baseada em regressões geograficamente ponderadas, a qual supera outras abordagens empíricas que demandam conhecimento prévio da região estudada. Os resultados indicam a existência de três subcentralidades na RM de São Paulo em 2002 e apenas duas em 2014, quando utilizados critérios mais restritos de avaliação. Ao relaxar esses critérios, nota-se a ampliação do total de subcentros (subcenter business districts – SBDs) a ponto de criar uma grande e única mancha de emprego na região. Os resultados indicam movimento centrífugo do emprego, mas de forma concentrada, e isso sugere que a aglomeração de trabalhadores é um fator importante para a produtividade.