Análise da evasão de alunos de cursos da educação a distância e presenciais da coorte de 2010 no Brasil
Alice Saccaro, Fábio Waltenberg
Resumo
A partir do fim da década de 1990, o ensino superior expandiu-se significativamente no Brasil. Em 2000, havia pouco mais de 5 mil alunos matriculados em cursos à distância, contra quase 900 mil em cursos presenciais; em 2017, os números subiram para quase 1 milhão e pouco mais de 2 milhões, respectivamente. As taxas de evasão nos cursos a distância têm sido sistematicamente maiores do que nos cursos presenciais. Com dados do Censo da Educação Superior, comparamos as taxas de evasão dos alunos das duas modalidades e investigamos em que medida atividades complementares e apoio financeiro se correlacionam com a evasão ao longo dos anos. Métodos de pareamento e análise de sobrevivência são empregados. Como principal resultado, observamos que os alunos da educação a distância (EAD) têm uma permanência mais curta na universidade do que os da educação presencial. Além disso, os alunos que recebem apoio financeiro ou participam de atividades complementares têm permanência mais longa na universidade.
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