Novas perspectivas decorrentes da decomposição da desigualdade de renda brasileira: descobrindo uma maior relevância para a formalização

Autores

  • Janaína Rodrigues Feijó
  • João Mário Santos de França
  • Valdemar Rodrigues de Pinho Neto

Palavras-chave:

Desigualdade de renda, Mercado de Trabalho, Atividades Econômicas, Regiões.

Resumo

Este trabalho analisa os determinantes da desigualdade de rendimentos por meio da aplicação de uma técnica inovadora para o caso brasileiro. Esse método, desenvolvido por Cowell e Fiorio (2011), reconcilia as decomposições por fatores e por subgrupos com as recentes decomposições baseadas em modelos de regressão. No presente artigo, decompõe-se a desigualdade total por setores da economia (agrícola, indústria e serviços), bem como a parcela da desigualdade de cada setor explicada por cada componente da regressão de salários. Com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2013, analisou-se, além do Brasil, as regiões Nordeste e Sudeste. Diferentemente do que a literatura nacional tem apontado, os resultados indicam que a formalização mostrou-se, em alguns setores e regiões, mais relevante do que a educação para explicar as disparidades de rendimentos no mercado de trabalho. No Brasil, 11,37% da desigualdade do setor agrícola veio da formalização, enquanto a educação contribuiu com 9,82%.

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Publicado

2019-01-16