Impactos econômicos da proposta brasileira na COP21: uma abordagem de equilíbrio geral computável
Autores
Marco Paulo Vianna Franco
Micaele Martins de Carvalho
Stélio Coêlho Lombardi Filho
Aline Souza Magalhães
Edson Paulo Domingues
Palavras-chave:
COP21, Emissões de gases de efeito estufa, Equilíbrio geral computável
Resumo
Este artigo tem como objetivo simular os prováveis impactos econômicos decorrentes da proposta brasileira na XXI Conferência das Partes (COP21) de reduzir em 37% suas emissões de gases de efeito estufa (GEEs), em relação aos níveis de 2005, até 2025. Para tal, utiliza-se um modelo de equilíbrio geral computável (EGC) dinâmico-recursivo com módulos de especificação energética e ambiental que permitem agrupamentos por agente emissor (combustíveis, indústrias e famílias) e atividade emissora. De forma geral, os resultados indicam um decréscimo acumulado de -3,3% do produto interno bruto (PIB) real, em 2025, em relação ao cenário-base. Conforme esperado, os setores com mais dependência em relação à queima de combustíveis, ou com elevada intensidade de emissões nos seus processos produtivos, seriam os mais negativamente afetados.