Este artigo investiga os impactos sobre alocações de longo prazo e custos de bem-estar proporcionados por uma política de privatização da infraestrutura pública. Os resultados são obtidos a partir de simulações com uma variante do modelo neoclássico de crescimento, adaptado e calibrado para os fins da análise. Em particular, supõe-se ofertas públicas e privadas de infraestrutura capazes de proporcionar efeitos externos positivos, porém em diferentes níveis de qualidade. Supõe-se, ainda, uma economia inicialmente em trajetória estacionária, com governo benevolente comprometido em maximizar o nível de bem-estar social. As simulações indicam que os custos ou benefícios de uma política de privatização dependem de duas características da oferta de infraestrutura privada, anteriores à privatização: qualidade e quantidade. Além disso, percebe-se que a possibilidade de metas de qualidade para o estoque privado de infraestrutura, após a privatização, pode fazer com que o benefício social da privatização seja bastante significativo.
