O trabalho dos músicos no Brasil: uma análise das desigualdades entre 2012 e 2021

Autores

  • Mariangela Furlan Antigo
  • Ana Flávia Machado
  • Jonas da Silva Henrique

Palavras-chave:

Músicos, desigualdades, COVID-19

Resumo

Este artigo tem por objetivo analisar aspectos do trabalho dos músicos no Brasil. Estudos tratando de uma determinada categoria ocupacional são raros. Mensura-se a importância de fatores individuais, do posto de trabalho e da conjuntura macroeconômica associados aos diferenciais de rendimento, à desigualdade, à subocupação por horas trabalhadas e à transição para desocupação/inatividade dos músicos no Brasil a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no período de 2012 a 2021. Três métodos de análise são utilizados com dados empilhados para todo o período. O primeiro se fundamenta na estimativa de uma equação de rendimentos baseada em Mincer (1974), buscando analisar como características individuais, do posto de trabalho e macroeconômicas podem contribuir para maiores níveis de rendimento do trabalho. O segundo se baseia em estimativa de modelos logit intencionando avaliar os fatores associados à subocupação por horas trabalhadas e à probabilidade de transição para desocupação/inatividade a partir dos dados longitudinais da PNAD Contínua para um trimestre. Comparando músicos não só com trabalhadores do grupo ocupacional formado pelos profissionais das ciências e ontelectuais como também com todos os profissionais do setor cultural, verifica-se que músicos são mais impactados pela concentração de rendimentos, por perda de rendimentos e por subocupação que ocupados nesses dois grupos de comparação.

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Publicado

2025-08-11